***
Meu primeiro contato com este texto
ocorreu em
16/12/2009, às 11.30 hs!
Após o
devido tempo [de instrução da obra],
e o publiquei por link a 18/04/2014, em
En 92.9!
É o 2º de uma sequência de 18, dirigidos pelo
Espírito Santo na
Páscoa de 2014 ,
a partir da descrição dos
18 da Torre [ressurretos pela Graça - Lc 13 é parábola ;
ide e lede : por 3 vezes é citado 'dezoito', e refere-se à forma com que os
justos
- digo : os que mantêm o testemunho de Cristo [
Hb 11.37-40] -
Tantas vezes quantas possíveis, a
História do Carpinteiro é única, assim como o
próprio.
Dela, falei à
Consciência do Espírito da
minha paixão, que
cumpriria suas
possibilidades.
Estas, foram concedidas nas
Formas do Carpinteiro!
Assim, eu
retornei [e tornarei] à Terra [quantas vezes necessário].
[o 3º texto da sequência]
***
A HISTÓRIA DE JOSÉ, O
CARPINTEIRO
Quando nosso Salvador contou a vida de
José, o Carpinteiro, a nós, os apóstolos, reunidos no monte das Oliveiras, nós
escrevemos sua palavras e depois guardamo-las na biblioteca de Jerusalém. Além
disso, deixamos consignado que o dia no qual o santo ancião separou-se do seu corpo: foi do dia 26 de Epep[1] , na paz do Senhor. Amém.
I
Jesus Fala a Seus Apóstolos
Estava um dia
nosso bom Salvador no monte das Oliveiras, com os discípulos a sua volta e
dirigiu-se a eles com estas palavras:
-
Meus
queridos irmãos, filhos de meu amado Pai, escolhidos por Ele entre todos do mundo!
Bem sabeis o que tantas vezes vos repeti: é necessário que eu seja crucificado
e que experimente a morte, que ressuscite de entre os mortos e que vos
transmita a mensagem do Evangelho para que vós, de vossa parte, o pregueis por
todo o mundo. Eu farei descer sobre vós uma força do alto, a qual vos
impregnará com o Espírito Santo, para que vós, finalmente, pregueis para todas
as pessoas desta maneira: fazei penitência! Porque vale mais um copo de água na
vida vindoura do que todas as riquezas deste mundo. Vale mais pôr somente o pé
na casa de meu Pai que toda a riqueza deste mundo. Mais ainda: vale mais uma
hora de regozijo para os justos que mil anos para os pecadores, durante os
quais hão de chorar e lamentar, sem que ninguém preste atenção nem console seus
gemidos. Quando, pois, meus queridos amigos, chegue a hora de ir-vos, pregai,
que meu Pai exigirá contas com balança justa e equilibrada e examinará até as
palavras inúteis que possais haver dito. Assim como ninguém pode escapar à mão
da morte, da mesma maneira ninguém pode subtrair-se de seus próprios atos,
sejam eles bons ou maus. Além disso, vos tenho dito muitas vezes, e repito
agora, que nenhum forte poderá salvar-se por sua própria força e nenhum rico,
pelo tamanho da sua riqueza. E agora, escutai, que narrar-vos-ei a vida de meu
pai José, o abençoado ancião carpinteiro.
II
Viuvez de José
-
Havia
um homem chamado José, que veio de Belém, essa vila judia que é a cidade do rei
Davi. Impunha-se pela sua sabedoria e pelo seu ofício de carpinteiro. Este
homem, José, uniu-se em santo matrimônio com uma mulher que lhe deu filhos e
filhas: quatro homens e duas mulheres, cujos nomes eram: Judas, Josetos, Tiago
e Simão. Suas filhas chamavam-se Lísia e Lídia.
-
A
esposa de José morreu, como está determinado que aconteça a todo o homem,
deixando seu filho Tiago ainda menino de pouca idade. José era um homem justo e
dava graças a Deus em todos os seus atos. Costumava viajar para fora da cidade
com freqüência para exercer o ofício de carpinteiro, em companhia de dois de
seus filhos mais velhos, já que vivia do trabalho de suas mãos, conforme o que
estabelecia a lei de Moisés.
-
Esse
homem justo, de quem estou falando, é José, meu pai segundo a carne, com quem
se casou na qualidade de consorte, minha mãe, Maria.
III
Maria no Templo
-
Enquanto
meu pai José permanecia viúvo, minha mãe, a boa bendita entre as mulheres,
vivia por sua parte no templo, servindo a Deus em toda a santidade. --Havia já
completado doze anos. Passara os seus três primeiros anos na casa de seus pais
e os nove restantes no templo do senhor. [*1] Ao ver que a santa donzela levava uma
vida simples e plena de temor a Deus, os sacerdotes conversaram entre si e
disseram:
-
Busquemos
um homem de bem e celebremos o casamento com ele, até que chegue o momento de
seu matrimônio. Que não seja por descuido nosso que lhe sobrevenha o período da
sua purificação no templo, nem que venhamos a incorrer em um pecado grave.
IV
Bodas de Maria e José
-
Convocaram,
então, as tribos de Judá e escolheram entre elas doze homens, correspondendo ao
número das doze tribos. A sorte recaiu sobre o bom velho José, meu pai, segundo
a carne. Disseram os sacerdotes a minha mãe, a Virgem:
- Vai com José e permanece submissa
a ele, até que chegue a hora de celebrar teu matrimônio.
José levou Maria, minha mãe, para sua casa. Ela encontrou o pequeno Tiago na
triste condição de órfão e o cobriu de carinhos e cuidados. Esta foi a razão
pela qual a chamaram Maria, a mãe de Tiago. Depois de tê-la acomodado em sua
casa, José partiu para o local onde exercia o ofício de carpinteiro. Minha mãe
Maria viveu dois anos em sua casa, até que chegou o feliz momento.
V
A
Encarnação
-
No
décimo quarto ano de idade, Eu, Jesus, vossa vida, vim habitar nela por meu
próprio desejo. Aos três meses de gravidez o solícito José voltou de suas
ocupações. Ao encontrar minha mãe grávida, preso à turbação e ao medo, pensou
secretamente em abandoná-la.
-
Foi
tão grande o desgosto, que não quis comer nem beber naquele dia.
VI
Visão de José
-
Eis,
porém, que durante a noite, mandado por meu Pai, Gabriel, o arcanjo da alegria,
apareceu-lhe numa visão e lhe disse:
-
José,
filho de Davi, não tenhas cuidado em admitir Maria, tua esposa, em tua
companhia. Saberás que o que foi concebido em seu ventre é fruto do Espírito
Santo. Dará, então, à luz um filho, a quem tu porás o nome de Jesus. Ele
apascentará os povos com o cajado de ferro.
Dito isso, o anjo desapareceu. José, voltando do sono, cumpriu o que lhe havia
sido ordenado, admitindo Maria consigo.
VII
Viagem a Belém
Então o imperador
Augusto fez proclamar que todos deveriam comparecer ao recenseamento, cada um
conforme seu lugar de origem. Também o bom velho se pôs a caminho e levou
Maria, minha virgem mãe, até a sua cidade de Belém.
Como o parto já estava próximo, ele fez o escriba anotar seu nome da seguinte
maneira:
-
José,
filho de Davi, Maria, sua esposa, e seu filho Jesus, da tribo de Judá.
Maria, minha mãe, trouxe-me ao mundo quando retornava de Belém, perto do túmulo
de Raquel, a mulher do patriarca Jacó, a mãe de José e Benjamim.
VIII
Fuga para o Egito
Satanás deu um
conselho a Herodes, o Grande, pai de Arqueleu, aquele que fez decapitar meu
querido parente João. Ele me procurou para tirar-me a vida, porque pensava que
meu reino era deste mundo. Meu Pai manifestou isso a José, numa visão, e este
pôs-se imediatamente em fuga levado consigo a mim e a minha mãe, em cujos
braços eu ia deitado.
Salomé [2] também nos acompanhava. Descemos até o Egito e ali permanecemos por
um ano, até que o corpo de Herodes foi presa da corrupção, como castigo justo
pelo sangue dos inocentes que ele havia derramado e dos quais já nem se
lembrava.
IX
Retorno à Galiléia
Quando o iníquo
Herodes deixou de existir, voltamos a Israel e fomos viver em uma vila da
Galiléia chamada Nazaré. Meu pai José, o bendito ancião, continuava exercendo o
ofício de carpinteiro, graças a que podíamos viver.
Jamais poder-se-á dizer que ele comeu seu pão de graça, mais sim que se
conduzia de acordo com o prescrito na lei de Moisés. [*1]
X
Velhice de José
Depois de tanto
tempo, seu corpo não se mostrava doente, nem tinha a vista fraca, nem havia
sequer um só dente estragado em sua boca. Nunca lhe faltou a sensatez e a
prudência e sempre conservou intacto o seu sadio juízo, mesmo já sendo um
venerável ancião de cento e onze anos.
XI
Obediência de Jesus
Seus dois filhos
Josetos e Simão casaram-se e foram viver em seus próprios lares. Da mesma
forma, suas duas filhas casaram-se, como é natural entre os homens, e José
ficou com o seu pequeno filho Tiago. Eu, da minha parte, desde que minha mãe
trouxe-me a este mundo, estive sempre submisso a ele como um menino e fiz o que
é natural entre os homens, exceto pecar.
Chamava Maria de minha mãe e José de meu pai. Obedecia-os em tudo o que me
pediam, sem ter jamais me permitido replicar-lhes com uma palavra, mas sim
mostrar-lhes sempre um grande carinho.
XII
Frente à Morte
Chegou, porém,
para meu pai José, a hora de abandonar este mundo, que é a sorte de todo homem
mortal.
Quando seu corpo adoeceu, veio um de Deus anjo anunciar-lhe:
-
Tua
morte dar-se-á neste ano.
Sentindo sua alma
cheia de turbação, ele fez uma viagem até Jerusalém, entrou no templo do
Senhor, humilhou-se diante do altar e orou desta maneira:
XIII
Oração de José
-
Ó
Deus, pai de toda misericórdia e Deus de toda carne, Senhor da minha alma, de
meu corpo e do meu espírito! Se é que já se cumpriram todos os dias da vida que
me deste neste mundo, rogo-te, Senhor Deus, que envies o arcanjo Micael para
que fique do meu lado, até que minha desditada alma saia do corpo sem dor nem
turbação. Porque a morte é para todos causa de dor e turbação, quer se trate de
um homem, de um animal doméstico ou selvagem, ou ainda de um verme ou um
pássaro. Em uma palavra, é muito dolorosa para todas as criaturas que vivem sob
o céu e que alentam um sopro de espírito para suportar o transe de ver sua alma
separada do corpo. Agora, meu Senhor, faz com que o teu anjo fique do lado da
minha alma e do meu corpo e que esta recíproca separação se consuma sem dor.
Não permitas que aquele anjo que me foi dado no dia em que saí de teu seio
volte seu rosto irado para mim ao longo deste caminho que empreendi até vós,
mas sim que ele se mostre amável e pacífico. Não permitas que aqueles cujas
faces mudam dificultem a minha ida até vós. Não consintas que minha alma caia
em mãos do cérbero e não me confundas em teu formidável tribunal. Não permitas
que as ondas deste rio de fogo, nas quais serão envolvidas todas as almas antes
de ver a glória de teu rosto, voltem-se furiosas contra mim. Ó Deus, que julgais
a todos na Verdade e na Justiça, oxalá tua misericórdia sirva-me agora de
consolo, já que sois a fonte de todos os bens e a ti se deve toda a glória pela
eternidade das eternidades!
Amém.
XIV
Doença de José
Aconteceu que, ao
voltar a sua residência habitual de Nazaré, viu-se atacado pela doença que
havia de levá-lo ao túmulo. Esta apresentou-se de forma mais alarmante do que
em qualquer outra ocasião de sua vida, desde o dia em que nasceu.
Eis aqui, resumida, a vida de meu querido pai José: ao chegar aos quarenta
anos, contraiu matrimônio, no qual viveu outros quarenta e nove.
Depois que sua mulher morreu, passou somente um ano. Minha mãe logo passou dois
anos em sua casa, depois que os sacerdotes confiaram-na com estas palavras:
-
Guarda-a
até o tempo em que se celebre vosso matrimônio.
Ao começar o terceiro ano de sua permanência ali - tinha nessa época quinze
anos de idade - trouxe-me ao mundo de um modo misterioso, que ninguém entre
toda a criação pode conhecer, com exceção de mim, de meu Pai e do Espírito
Santo, que formamos uma unidade.
XV
O
Início do Fim
A vida de meu pai
José, o abençoado ancião, compreendeu cento e onze anos, conforme determinara
meu bom Pai. O dia em que se separou do corpo foi no dia 26 do mês de Epep. O
ouro acentuado de sua carne começou a desfazer-se e a prata da sua inteligência
e razão sofreu alterações. Esqueceu-se de comer e de beber e a destreza no
desempenho de seu ofício passou a declinar.
Aconteceu que, ao amanhecer do dia 26 de Epep, enquanto estava em seu leito,
foi tomado de uma grande agitação. Gemeu forte, bateu palmas três vezes e, fora
de si, pôs-se a gritar dizendo:
XVI
Lamentos de José
-
Ai,
miserável de mim! Ai do dia em que minha mãe trouxe-me ao mundo! Ai do seio
materno do qual recebi o germe da vida! Ai dos peitos que me amamentaram! Ai do
regaço em que me reclinei! Ai das mãos que me sustentaram até o dia em que
cresci e comecei a pecar! Ai de minha língua e de meus lábios que proferiram injúrias,
enganos, infâmias e calúnias! Ai dos meus olhos, que viram o escândalo! Ai dos
meus ouvidos que escutaram conversações frívolas! Ai das minhas mãos que
subtraíram coisas que não lhes pertenciam! Ai do meu estômago e do meu ventre
que ambicionaram o que não era deles! Quando alguma coisa lhes era apresentada,
devoravam-na com mais avidez do que poderia fazê-lo o próprio fogo! Ai dos meus
pés que fizeram um mau serviço ao meu corpo, já que o levaram por maus
caminhos! Ao do meu corpo todo que deixou a minha alma reduzida a um deserto,
afastando-a de Deus que a criou! Que farei agora? Não encontro saída em parte
alguma! Em verdade é que pobres dos homens que são pecadores! Esta é a angústia
que se apoderou de meu pai Jacob em sua agonia, a qual veio hoje a ter comigo,
infeliz. Mas, ó Senhor, meu Deus, que és o mediador de minha alma e de meu
corpo e de meu espírito, cumpre em mim a tua divina vontade.
XVII
Jesus Consola seu Pai
Quando terminou
de dizer estas palavras, entrei no local onde ele se encontrava e, ao vê-lo
agitado de corpo e de alma, disse-lhe:
-
Salve,
José, meu querido pai, ancião bom e abençoado.
Ele respondeu,
ainda tomado por um medo mortal:
- Salve mil vezes, querido filho. Ao ouvir tua voz, minha alma recupera sua
tranqüilidade. Jesus, meu Senhor! Jesus, meu verdadeiro rei, meu salvador bom e
misericordioso! Jesus, meu libertador! Jesus, meu guia! Jesus, meu protetor!
Jesus, em cuja bondade encontra-se tudo! Jesus, cujo nome é suave e forte na
boca de todos! Jesus, olho que vê e ouvido que ouve verdadeiramente: escuta-me
hoje, teu servidor, quando elevo meus rogos e verto meus lamentos diante de ti.
Em verdade tu és Deus. Tu és o Senhor, conforme tem-me repetido muitas vezes o
anjo, sobretudo naquele dia em que suspeitas humanas se aninharam em meu
coração, ao observar os sinais de gravidez da Virgem sem mácula e eu havia
decidido abandoná-la. Mas, quando eu estava pensando nisto, um anjo apareceu-me
em sonhos e me disse: José, filho de Davi, não tenhas receio em receber Maria
como esposa, pois o que há de dar à luz é fruto do Espírito Santo. Não guardes
suspeita alguma a respeito de sua gravidez. Ela trará ao mundo um filho e tu
dar-lhe-ás o nome de Jesus. Tu és Jesus Cristo, o salvador da minha alma, de
meu corpo e de meu espírito. Não me condenes, teu servo e obra de tuas mãos. Eu
não sabia nem conhecia o mistério de teu maravilhoso nascimento e jamais havia
ouvido que uma mulher pudesse conceber sem a obra de um homem e que uma virgem
pudesse dar à luz sem romper o selo de sua virgindade.
Ó, meu Senhor! Se não tivesse conhecido a lei
desse mistério, não teria acreditado em ti, nem em teu santo nascimento, nem
rendido honras a Maria, a Virgem, que te trouxe a este mundo. Recordo ainda
aquele dia em que um menino morreu, por causa da mordida de uma serpente. Seus
familiares vieram a ti, com intenção de entregar-te a Herodes. Mas tua
misericórdia alcançou a pobre vítima e devolveste-lhe a vida para dissipar aquela
calúnia que te faziam, como causador da sua morte. Pelo que houve uma grande
alegria na casa do defunto. Então eu te peguei pela orelha e disse-te: não
sejas imprudente, meu filho. E tu me ameaçaste desta maneira: se não fosses meu
pai, segundo a carne, dar-te-ia a entender que é isso o que acabas de fazer.
Sim, pois, ó meu Senhor e Deus, esta é a razão pela qual vieste em tom de juízo
e pela qual permitiste que recaíssem sobre mim estes terríveis presságios.
Suplico-te que não me coloques diante do teu tribunal para lutar comigo. Eis
que eu sou teu servo e filho de tua escrava. Se houveres por bem romper meus
grilhões, oferecer-te-ei um santo sacrifício, que não será outro senão a
confissão da tua divina glória, de que tu és Jesus Cristo, filho verdadeiro de
Deus e, por outro lado, filho verdadeiro do homem.
XVIII
Aflição de Maria
Quando meu pai
disse essas palavras, eu não pude conter as lágrimas e pus-me a chorar, vendo
como a morte vinha apoderando-se dele pouco a pouco e ouvindo, sobretudo, as
palavras cheias de amargura que saíam da sua boca.
Naquele momento, meus queridos irmãos, veio-me ao pensamento a morte na cruz
que haveria de sofrer pela vida de todo mundo. Então Maria, minha querida mãe,
cujo nome é doce para todos os que me amam, levantou-se e disse-me, tendo seu
coração inundado na amargura:
-
Ai de
mim, filho querido! Está à morte o bom e abençoado ancião José, teu pai querido
e adorado?
Eu lhe respondi:
-
Minha
mãe querida, quem entre o humanos ver-se-á livre da necessidade de ter de
encarar a morte? Esta é dona de toda a humanidade, mãe bendita! E mesmo tu hás
de morrer como todos os outros homens. Nem tua morte nem a de meu pai José,
porém, podem chamar-se propriamente morte, mas vida eterna ininterrupta. Também
eu hei de passar por este transe por causa da carne mortal com a qual estou
revestido. Agora, mãe querida, levanta-te e vai até onde está o abençoado
ancião José para que possas ver o lugar que o aguarda lá no alto.
XIX
As
Dores de José
Levantou-se,
entrou no local onde ele se encontrava e pôde apreciar os sinais evidentes da
morte que já se refletiam nele. Eu, meus queridos, postei-me em sua cabeceira e
minha mãe aos seus pés. Ele fixava seus olhos no meu rosto, sem poder sequer
dirigir-me uma palavra, já que a morte apoderava-se dele pouco a pouco.
Elevou, então, seu olhar até o alto e deixou escapar um forte gemido. Eu
segurei suas mãos e seus pés durante um longo tempo e ele me olhava,
suplicando-me que não o abandonasse nas mãos dos seus inimigos.
Eu coloquei minha mão sobre seu peito e notei que sua alma já havia subido até
a sua garganta para deixar seu corpo, mas ainda não havia chegado o momento
supremo da morte. Caso contrário, não teria podido agüentar mais.
Não obstante, as lágrimas, a comoção e o abatimento que sempre a precedem já
faziam presentes.
XX
A
Agonia
Quando minha mãe
querida viu-me apalpar o seu corpo, quis ela, de sua parte apalpar, os pés e
notou que o alento havia fugido juntamente com o calor. Dirigiu-se a mim e
disse-me ingenuamente:
-
Obrigada,
filho querido, pois desde o momento em que puseste tua mão sobre seu corpo, a
febre o abandonou. Vê, seus membros estão frios como o gelo.
Eu chamei os seus filhos e filhas e lhes
disse:
-
Falai
agora com o vosso pai, que este é o momento de fazê-lo, antes que sua boca
deixe de falar e seu corpo fique hirto.
Seus filhos e filhas falaram com ele, mas sua vida estava minada por aquela
doença mortal que provocaria sua saída deste mundo. Então, Lísia, filha de José,
levantou-se para dizer aos seus irmãos:
-
Juro,
queridos irmãos, que esta é a mesma doença que derrubou a nossa mãe e que não
voltou a aparecer por aqui até agora. O mesmo acontece com o nosso pai José,
para que não voltemos a vê-lo senão na eternidade.
Então os filhos de José irromperam em lamentos. Maria, minha mãe, e eu, de
nossa parte, unimo-nos ao seu pranto pois, efetivamente, já havia chegado a
hora da morte.
XXI
A
Morte Chega
Pus-me a olhar
para o sul e vi a morte dirigir-se a nossa casa. Vinha seguida de Amenti, que é
seu satélite, e do Diabo, a quem acompanhava uma multidão de esbirros vestidos
de fogo, cujas bocas vomitavam fumaça e enxofre.
Ao levantar os olhos, meu pai deparou-se com aquele cortejo que o olhava com
rosto colérico e raivoso, do mesmo modo que costuma olhar todas as almas que
saem do corpo, particularmente aquelas que são pecadoras e que considera como
propriedade sua.
Diante da visão desse espetáculo, os olhos do bom velho anuviaram-se de
lágrimas. Foi neste momento em que meu pai exalou sua alma com um grande
suspiro, enquanto procurava encontrar um lugar onde se esconder e salvar-se.
Quando observei o suspiro de meu pai, provocado pela visão daquelas forças até
então desconhecidas para ele, levantei-me rapidamente e expulsei o Diabo e todo
seu cortejo. Eles fugiram envergonhados e confusos. Ninguém entre os presentes,
nem mesmo minha própria mãe Maria, apercebeu-se da presença daqueles terríveis
esquadrões que saem à caça de almas humanas. Quando a morte percebeu que eu
havia expulsado e mandado embora as potestades infernais, para que não pudessem
espalhar armadilhas, encheu-se de pavor. Levantei-me apressadamente e dirigi
esta oração a meu Pai, o Deus de toda misericórdia:
XXII
Oração de Jesus
-
Meu
Pai misericordioso, Pai da verdade, olho que vê e ouvido que ouve, escuta-me,
que eu sou teu filho querido! Peço-te por meu pai José, a obra de vossas mãos.
Envia-me um grande corpo de anjos, juntamente com Micael, o administrador dos
bens, e com Gabriel, o bom mensageiro da luz, para que acompanhem a alma de meu
pai José até que se tenha livrado do sétimo éon tenebroso, de forma que não se
veja forçado a empreender esses caminhos infernais, terríveis para o viajante
por estarem infestados de gênios malignos e saqueadores e por ter de atravessar
esse lugar espantoso por onde corre um rio de fogo igual às ondas do mar. Sede,
além disso, piedoso para com a alma de meu pai José, quando ela vier repousar
em vossas mãos, pois é este o momento em que mais necessita da tua
misericórdia.
-
Eu
vos digo, veneráveis irmãos e abençoados apóstolos, que todo homem que,
chegando a discernir entre o bem e o mal, tenha consumido seu tempo seguindo a
fascinação dos seus olhos, quando chegue a hora de sua morte e tenha de
libertar o passo para comparecer diante do tribunal terrível e fazer sua
própria defesa, ver-se-á necessitado da piedade de meu bom Pai.
-
Continuemos,
porém, relatando o desenlace de meu pai, o abençoado ancião.
XXIII
José Expira
-
Quando
eu disse amém, Maria, minha mãe, respondeu na língua falada pelos habitantes do
céu. No mesmo instante Micael, Gabriel e anjos, em coro, vindos do céu, voaram
sobre o corpo de meu pai José.
-
Em
seguida, intensificaram-se os lamentos próprios da morte e soube, então, que
havia chegado o momento desolador. Sofria meu pai dores parecidas com as de uma
mulher no parto, enquanto que a febre o castigava da mesma maneira que um forte
furacão ou um imenso fogo devasta um espesso bosque.
-
A
morte, cheia de medo, não ousava lançar-se sobre o corpo de meu pai para
separá-lo da alma, pois seu olhar havia dado comigo, que estava sentado a sua
cabeceira, com as mãos sobre suas têmporas.
-
Quando
me apercebi de que a morte tinha medo de entrar por minha causa, levantei-me,
dirigi meus passos até o lado de fora da porta e encontrei-a só e amedrontada,
em atitude de espera.
Eu lhe disse:
-
Ó tu,
que vens do Meio-dia, entra rapidamente e cumpre o que ordenou-te meu Pai.
Porém, guarda José como a menina dos teus olhos, posto que é meu pai segundo a
carne e compartilhou a dor comigo, durante os anos da minha infância, quanto
teve de fugir de um lado para outro por causa das maquinações de Herodes e
ensinou-me como costumam fazer os pais para o proveito dos seus filhos.
-
Então
Abbadão entrou, tomou a alma de meu pai José e separou-a do corpo no mesmo
instante em que o sol fazia sua aparição no horizonte, no dia 26 do mês de
Epep, em paz.
-
A
vida de meu pai compreendeu cento e onze anos. Micael e Gabriel pegaram cada
qual em um extremo de um pano de seda e nele depositaram a alma de meu querido
pai José depois de tê-la beijado reverentemente.
-
Enquanto
isso, nenhum dos que rodeavam José havia percebido a sua morte, nem sequer
minha mãe Maria. Eu confiei a alma do meu querido pai José a Micael e Gabriel,
para que a guardassem contra os raptores que saqueiam pelo caminho e
encarreguei os espíritos incorpóreos de continuarem cantando canções até que, finalmente,
depositaram-no junto a meu Pai no céu.
XXIV
Luto na Casa de José
-
Inclinei-me
sobre o corpo inerte de meu pai. Cerrei seus olhos, fechei sua boca e
levantei-me para contemplá-lo. Depois disse à Virgem: - Ó Maria, minha mãe,
onde estão os objetos de artesanato feitos por ele desde sua infância até hoje?
Neste momento todos eles passaram, como se ele não tivesse sequer vindo a este
mundo.
Quando seus filhos e filhas ouviram-me dizer isto a Maria, minha mãe virginal,
perguntaram-me com vozes fortes e lamentos:
-
Será
que nosso pai morreu sem que nós nos apercebêssemos?
Eu lhes disse:
-
Efetivamente,
morreu, mas sua morte não é morte, porém vida eterna. Grandes coisas esperam
nosso querido pai José. Desde o momento em que sua alma sai do seu corpo,
desapareceu para ele toda espécie de dor. Ele se pôs a caminho do reino eterno.
Deixou atrás de si o peso da carne, com todo este mundo de dor e de
preocupações, e foi para o lugar de repouso que tem meu Pai nesses céus que
nunca serão destruídos.
Ao dizer a meus irmãos que o nosso pai José, o abençoado ancião, havia
finalmente morrido, eles se levantaram, rasgaram suas vestes e o choraram
durante um longo tempo.
XXV
Luto em Nazaré
-
Quando
os habitantes de Nazaré e de toda a Galiléia inteiraram-se da triste nova,
acudiram em massa ao lugar onde nos encontrávamos. De acordo com a lei dos
judeus, passaram todo o dia dando sinais de luto até que chegou a nona hora.
-
Despedi,
então todos, derramei água sobre o corpo de meu pai José, ungi-o com bálsamo e
dirigi ao meu Pai amado, que está nos céus, uma oração celestial que havia
escrito com meus próprios dedos, antes de encarnar-me nas entranhas da Virgem
Maria.
-
Ao
dizer amém, veio uma multidão de anjos. Mandei que dois deles estendessem um
manto para depositar nele o corpo de meu pai José para que o amortalhassem.
XXVI
Benção de Jesus
-
Pus
minhas mãos sobre o seu corpo e disse: - Não serás vítima da fetidez da morte.
Que teus ouvidos não sofram corrupção. Que não emane podridão de teu corpo. Que
não se perca na terra a tua mortalha nem a tua carne, mas que fiquem intactas,
aderidas ao teu corpo até o dia do convite dos dois mil anos. Que não
envelheçam, querido pai, esses cabelos que tantas vezes acariciei com minhas
mãos. E que a boa sorte esteja contigo. Aquele que se preocupar em levar uma
oferenda ao teu santuário no dia de tua comemoração, eu o abençoarei com
afluxos de dons celestiais. Assim mesmo, a todo aquele que der pão a um pobre
em teu nome, não permitirei que se veja agoniado pela necessidade de quaisquer
bens deste mundo, durante todos os dias de sua vida. Conceder-te-ei que possas
convidar ao banquete dos mil anos a todos aqueles que no dia de tua comemoração
ponham um copo de vinho na mão de um forasteiro, de uma viúva ou de um órfão.
Hei de dar-te de presente, enquanto vivam neste mundo, a todos os que se
dediquem a escrever o livro da tua saída deste mundo e a consignar todas as
palavras que hoje saíram de minha boca. Quando abandonarem este mundo, farei
com que desapareça o livro no qual estão escritos seus pecados e que não sofram
nenhum tormento, além da inevitável morte e do rio de fogo que está diante do
meu Pai, para purificar toda a espécie de almas. Se acontecer que um pobre, não
podendo fazer nada do que foi dito, ponha o nome de José em um de seus filhos
em tua honra, farei com que naquela casa não entre a fome nem a peste, pois o
teu nome habita ali de verdade.
XXVII
A
Caminho do Túmulo
-
Os
anciãos da cidade apresentaram-se na casa enlutada, acompanhados daqueles que
procediam ao sepultamento à maneira judia. Encontraram o cadáver já preparado
para o enterro. A mortalha se havia aderido fortemente ao seu corpo, como se
houvessem atado com grampos de ferro e não puderam encontrar sua abertura,
quando removeram o cadáver.
-
Em
seguida, passou-se a conduzir o morto até seu túmulo. Quando chegaram até ele e
estavam já preparados para abrir sua entrada e colocá-lo junto aos restos de
seu pai, veio-me à mente a lembrança do dia em que me levou até o Egito e das
grandes preocupações que assumiu por mim.
-
Não
pude deixar de atirar-me sobre o seu corpo e chorar por um longo tempo,
dizendo:
XXVIII
Exclamações de Jesus
-
Ó
morte, de quantas lágrimas e lamentos és causa! Esse poder, porém, vem d'Aquele
que tem sob o seu domínio todo o universo. Por isso tal reprovação não vai
tanto contra a morte senão contra Adão e Eva. A morte não atua nunca sem uma
prévia ordem de meu Pai. Existem aqueles que viveram mais de novecentos anos e
outros ainda muito mais tempo. Entretanto, nenhum deles disse: eu vi a morte ou
a morte vinha de tempos em tempos atormentar-me. Senão que ela traz uma só vez
a dor e, ainda assim, é meu bom Pai quem a envia. Quando vem em busca do homem,
ela sabe que tal resolução provém do céu. Se a sentença vem carregada de raiva,
a morte também se manifesta colérica para cumprir sua incumbência, pegando a
alma do homem e entregando-a ao seu Senhor. A morte não tem atribuições para
atirar o homem ao inferno nem para introduzí-lo no reino celestial. A morte
cumpre de fato a missão de Deus, ao contrário de Adão, que ao não submeter-se à
vontade divina, cometeu uma transgressão. Ele irritou meu Pai contra si, por
haver preferido dar ouvidos a sua mulher, antes de obedecer à sua missão.
Assim, todo ser vivo ficou implacavelmente condenado à morte. Se Adão não
houvesse sido desobediente, meu Pai não o teria castigado com esta terrível
sina. O que impede agora que eu faça uma oração ao meu bom Pai para que envie
um grande carro luminoso para elevar José, a fim de que não prove das amarguras
da morte e que o transporte ao lugar de repouso, na mesma carne que trouxe ao
mundo, para que ali viva com seus anjos incorpóreos? A transgressão de Adão foi
a causa de sobreviverem esses grandes males sobre a humanidade, juntamente com
o irremediável da morte. Embora eu mesmo carregue também esta carne concebida
na dor, devo provar com ela da morte para que possa apiedar-me das criaturas
que formei.
XXIX
O
Enterro
-
Enquanto
dizia essas coisas, abraçado ao corpo de meu pai José e chorando sobre ele,
abriram a entrada do sepulcro e depositaram o cadáver junto ao de seu pai
Jacob. Sua vida foi de cento e onze anos, sem que ao fim de tanto tempo um só
dente tivesse estragado em sua boca ou sem que seus olhos se tornassem fracos,
senão que todo o seu aspecto assemelhava-se ao de um afetuoso menino.
-
Nunca
esteve doente, senão que trabalhou continuamente em seu ofício de carpinteiro,
até o dia que sobreveio a doença que haveria de levá-lo ao sepulcro.
XXX
Contestação dos Apóstolos
Quando nós, os
apóstolos, ouvimos tais coisas dos lábios de nosso Salvador, pusemo-nos em pé,
cheios de prazer e passamos a adorar suas mãos e seus pés, dizendo com o êxtase
da alegria:
- Damos-te graças, nosso Senhor e
Salvador, por te haveres dignado a presentear-nos com essas palavras saídas de
teus lábios. Mas não deixamos de admirar, ó bom Salvador, pois não entendemos
como, havendo concedido a imortalidade a Elias e a Enoch, já que estão
desfrutando dos bens na mesma carne com que nasceram, sem que tenham sido
vítimas da corrupção, e agora, tratando-se do bendito ancião José, o
Carpinteiro, a quem concedeste a grande honra de chamá-lo teu pai e de obedecê-lo
em todas as coisas, a nós mesmos nos encarregaste: quando fordes revestidos da
mesma força, recebereis a voz de meu Pai, isto é, o Espírito Paráclito, e
sereis enviados para pregar o evangelho e pregai também ao querido pai José. E
ainda: consignai estas palavras de vida no testamento de sua partida deste
mundo e lê as palavras deste testamento nos dias solenes e festivos e quem não
tiver aprendido a ler corretamente, não deve ler este testamento nos dias
festivos. Finalmente, quem suprimir o adicionar algo a estas palavras, de
maneira a fazer-me embusteiro, será réu de minha vingança. Admira-nos,
repetimos, aquele que, havendo chamado teu pai segundo a carne, desde o dia em
que nasceste em Belém, não lhe tenhas concedido a imortalidade para viver eternamente.
XXXI
Resposta de Jesus
Nosso Salvador
respondeu, dizendo-nos:
-
A
sentença pronunciada por meu Pai contra Adão não deixará de ser cumprida, já
que este não foi obediente aos mandamentos. Quando meu Pai destina a alguém ser
justo, este vem a ser imediatamente o seu eleito. Se um homem ofende a Deus por
amar as obras do demônio, acaso ignora que um dia virá a cair em suas mãos se
seguir impenitente, mesmo se lhe concederem longos dias de vida? Se, ao
contrário, alguém vive muito tempo, fazendo sempre boas obras, serão exatamente
elas que o farão velho. Quando Deus vê que alguém segue o caminho da perdição,
costuma conceder-lhe um curto prazo de vida e o faz desaparecer na metade dos
seus dias. Quanto aos demais, hão de ter o exato cumprimento das profecias
ditadas por meu Pai acerca da humanidade e todas as coisas hão de suceder de
acordo com elas. Haveis citado o caso de Enoch e Elias. Eles, dizeis, continuam
vivendo e conservam a carne que trouxeram a este mundo. Por que, então, em se
tratando de meu pai, não lhe permiti conservar seu corpo? Então eu digo que,
mesmo que houvesse chegado a ter mais de dez mil anos, sempre incorreria na
mesma necessidade de morrer. Mais ainda, eu asseguro que sempre que Enoch e
Elias pensam na morte, desejariam já havê-la sofrido a verem-se assim, livres
da necessidade que lhes é imposta, já que deverão morrer num dia de turbação,
de medo, de gritos, de perdição e de aflição. Pois haveis de saber que o
Anticristo há de matar esses homens e de derramar seu sangue na terra como água
de um copo por causa das incriminações que lhe imputarão, quando os acusarem.
XXXII
Epílogo
Nós respondemos, dizendo:
-
Nosso
Senhor e Deus, quem são esses dois homens, dos quais disseste que o filho da
perdição matará por um copo de água?
Jesus, nosso Salvador e nossa vida, respondeu:
-
Enoch
e Elias. Ao ouvir essas palavras da boca de nosso Salvador, se nos encheu o
coração de prazer e de alegria. Por isso lhe rendemos homenagens e graças como
nosso Senhor, nosso Deus e nosso Salvador, Jesus Cristo, por meio de quem vão
para o Pai toda a glória e toda a honra juntamente com Ele e com o Espírito
Santo vivificador, agora, por todo o tempo e pela eternidade das eternidades.
Notas:
[1] Epep era o mês copta que ia de 25 de junho a 24 de julho. Assim sendo, a
data citada corresponde ao dia 20 de julho.
[2] Salomé foi a parteira que acompanhou a sagrada família ao Egito. Para
maiores detalhes, leia o Proto-Evangelho de Tiago.
Fim