Jesus Cristo fala à esposa e compara sua natureza divina a uma coroa usando Pedro e Paulo para simbolizar o estado clerical e
leigo, sobre as maneiras de lidar com os inimigos, e sobre as qualidades que os
cavaleiros do mundo devem ter.
O Filho falou à esposa, dizendo: “Eu sou o Rei da
coroa. Tu sabes por que eu disse ‘Rei da coroa’? Pois minha natureza divina
foi, será, e é sem começo ou fim. Minha natureza divina, é perfeitamente
assemelhada a uma coroa, pois a coroa não possui ponto de inicio ou fim. Assim
como uma coroa é destinada ao futuro rei, minha natureza divina também foi
destinada a ser a coroa de minha natureza humana.
[nt : da mesma Forma que não se vê o início desta descrição, senão no instante em que fundei os blog's pelo Espírito que me guiou a tal, da mesma Forma que não se verá o seu final, senão que será no instante que o Espírito me retirar de tal Obra].
[nt : da mesma Forma que não se vê o início desta descrição, senão no instante em que fundei os blog's pelo Espírito que me guiou a tal, da mesma Forma que não se verá o seu final, senão que será no instante que o Espírito me retirar de tal Obra].
Tive dois servos. Um foi sacerdote, o outro leigo. O
primeiro era Pedro, que possuía uma função sacerdotal, enquanto Paulo foi, por
assim dizer, um leigo. Pedro era casado, mas quando percebeu que seu casamento
não era consistente com sua função sacerdotal, e considerando que sua intenção
poderia ser posta em perigo pela falta de continência, ele se afastou do, acima
de tudo, licito casamento, no qual ele se separou da cama de sua mulher, e se
devotou a mim de todo seu coração.
Paulo, por outro lado, observou o celibato e
mantinha-se puro. Veja que grande amor Eu tinha por esses 2! Eu dei as
chaves do Céu a Pedro para que tudo o que atasse e desatasse na Terra, fosse
atado e desatado no Céu [Mt 16.19]. Eu permiti que Paulo se tornasse como Pedro em glória
e honra. Como, juntos, eles foram iguais na terra, assim, agora, eles estão
unidos em glória eterna no Céu e juntos glorificados. Entretanto, embora Eu os tenha mencionado individualmente pelos nomes, por e através deles
quero denotar também outros amigos. De modo semelhante, sob a antiga Aliança,
Eu costumava falar a Israel como se estivesse me dirigindo a uma só pessoa,
embora tivesse a intenção de designar todo o povo de Israel por esse único
nome. Da mesma forma, agora, usando esses dois homens, tenho a intenção de
denotar a multidão dos que eu enchi com meu amor e glória.
Com o passar do tempo, o mal começou a multiplicar-se
e a carne começou a se enfraquecer e a se tornar + e + inclinada ao mal.
Assim, estabeleci normas para cada um dos dois, ou seja, para o clero e o
laicato, representados aqui por Pedro e Paulo. Em minha misericórdia, decidi
permitir que o clero possuísse uma quantia moderada de propriedades de igreja
para suas necessidades corporais para que eles pudessem crescer mais ardorosos
e constantes em servir-me. Eu também permiti ao laicato que se unissem em matrimonio
de acordo com os preceitos da Igreja. Entre os sacerdotes, havia um bom homem
que pensou consigo: ‘A carne me arrasta a baixos prazeres [Rm 7], o mundo me arrasta à
olhares prejudiciais [Lc 11.34], enquanto o demônio arma varias armadilhas para pegar-me
pelo pecado. Então, para não ser apanhado pelo prazer carnal, eu observarei
moderação em todas as minhas ações. Serei moderado em meu repouso e
divertimento. Dedicarei o tempo apropriado ao trabalho e orações e reprimirei
meu apetite carnal através do jejum. Segundo, para que o mundo não me afaste do
amor de Deus, abrirei mão de todas as coisas mundanas, pois são perecíveis. É
mais seguro seguir Cristo na pobreza. Terceiro, para não ser enganado pelo
demônio que sempre nos mostra falsidade em vez da verdade, eu me submeterei à
regra e obediência de um outro; e eu rejeitarei todo o egoísmo e mostrarei que
estou pronto para dedicar-me a tudo o que seja ordenado pela outra pessoa’.
Este homem foi o primeiro a estabelecer uma regra monástica. Ele perseverou
nisso de maneira louvável e deixou sua vida como um exemplo a ser imitado por
outros.
Durante um tempo, a classe do laicato foi bem
organizada. Alguns homens cultivavam o solo e bravamente perseveravam
trabalhando a terra. Outros navegavam e transportavam mercadorias a outras
regiões de forma que os recursos de uma região supriram as necessidades de
outra. Outros eram especialistas e artesãos. Entre esses estavam os defensores
de minha Igreja que hoje são chamados de cavaleiros. Eles pegaram em armas como vingadores da Santa Igreja
para lutar contra seus inimigos.
Entre eles, surgiu um bom homem e meu amigo que pensou consigo: ‘Não cultivo o solo como um fazendeiro. Não trabalho nos mares como um comerciante. Não trabalho com minhas mãos como um habilidoso artesão. O que, então, posso fazer ou através de qual trabalho posso agradar meu Deus? Não sou bastante disposto no serviço da Igreja. Meu corpo é muito mole e fraco para suportar danos físicos, minhas mãos não têm força para derrotar os inimigos e minha mente não se adapta a refletir sobre o Céu. O que posso fazer então? Sei o que posso fazer. Eu me comprometerei a um príncipe secular através de um juramento, prometendo defender a fé da Santa Igreja com minha força e meu sangue’.
Este meu amigo dirigiu-se ao príncipe e disse: ‘Meu senhor, sou um dos defensores da Igreja. Meu corpo é fraco demais para suportar danos físicos, minhas mãos não têm força para derrubar outros; minha mente é instável quando levada a pensar e realizar o que é bom; minha teimosia é o que me agrada; e minha necessidade de repouso não me permite tomar uma postura forte pela casa de Deus. Assim, comprometo-me com um juramento público de obediência à Santa Igreja e ao senhor, o Príncipe, jurando defendê-la todos os dias de minha vida para que, embora minha mente e vontade possam ser mornas com respeito à luta, eu possa ser compelido a trabalhar por causa de meu juramento’. O príncipe respondeu-lhe: ‘Irei com você até a casa do Senhor e serei testemunha de seu juramento e promessa’.
Os dois vieram até meu altar, e meu amigo ajoelhou-se e disse: ‘Sou de corpo muito fraco para suportar danos físicos, minha teimosia muito me agrada, minhas mãos são muito indecisas quando é preciso desferir golpes. Então, prometo obediência a Deus e a ti, meu chefe, comprometendo-me através de um juramento para defender a Santa Igreja contra seus inimigos, para confortar os amigos de Deus, fazer bem às viúvas, órfãos e fiéis a Deus, e nunca fazer nada contrario à Igreja ou à fé. Além disso, me submeterei à sua correção se eu errar, para que, comprometido por obediência, eu deva temer o pecado e o egoísmo ainda mais e me dedicar mais ardorosa e prontamente em realizar a vontade de Deus e sua própria vontade, sabendo eu mesmo, ser somente o mais digno de condenação e desprezo se eu me atrever a violar a obediência e transgredir seus mandamentos.'
Depois dessa promessa ter sido feita em meu altar, o príncipe decidiu sabiamente que o homem deveria se vestir de forma diferente dos outros leigos como um sinal de auto-renuncia e como uma lembrança de que tinha um superior ao qual devia se submeter.
Entre eles, surgiu um bom homem e meu amigo que pensou consigo: ‘Não cultivo o solo como um fazendeiro. Não trabalho nos mares como um comerciante. Não trabalho com minhas mãos como um habilidoso artesão. O que, então, posso fazer ou através de qual trabalho posso agradar meu Deus? Não sou bastante disposto no serviço da Igreja. Meu corpo é muito mole e fraco para suportar danos físicos, minhas mãos não têm força para derrotar os inimigos e minha mente não se adapta a refletir sobre o Céu. O que posso fazer então? Sei o que posso fazer. Eu me comprometerei a um príncipe secular através de um juramento, prometendo defender a fé da Santa Igreja com minha força e meu sangue’.
Este meu amigo dirigiu-se ao príncipe e disse: ‘Meu senhor, sou um dos defensores da Igreja. Meu corpo é fraco demais para suportar danos físicos, minhas mãos não têm força para derrubar outros; minha mente é instável quando levada a pensar e realizar o que é bom; minha teimosia é o que me agrada; e minha necessidade de repouso não me permite tomar uma postura forte pela casa de Deus. Assim, comprometo-me com um juramento público de obediência à Santa Igreja e ao senhor, o Príncipe, jurando defendê-la todos os dias de minha vida para que, embora minha mente e vontade possam ser mornas com respeito à luta, eu possa ser compelido a trabalhar por causa de meu juramento’. O príncipe respondeu-lhe: ‘Irei com você até a casa do Senhor e serei testemunha de seu juramento e promessa’.
Os dois vieram até meu altar, e meu amigo ajoelhou-se e disse: ‘Sou de corpo muito fraco para suportar danos físicos, minha teimosia muito me agrada, minhas mãos são muito indecisas quando é preciso desferir golpes. Então, prometo obediência a Deus e a ti, meu chefe, comprometendo-me através de um juramento para defender a Santa Igreja contra seus inimigos, para confortar os amigos de Deus, fazer bem às viúvas, órfãos e fiéis a Deus, e nunca fazer nada contrario à Igreja ou à fé. Além disso, me submeterei à sua correção se eu errar, para que, comprometido por obediência, eu deva temer o pecado e o egoísmo ainda mais e me dedicar mais ardorosa e prontamente em realizar a vontade de Deus e sua própria vontade, sabendo eu mesmo, ser somente o mais digno de condenação e desprezo se eu me atrever a violar a obediência e transgredir seus mandamentos.'
Depois dessa promessa ter sido feita em meu altar, o príncipe decidiu sabiamente que o homem deveria se vestir de forma diferente dos outros leigos como um sinal de auto-renuncia e como uma lembrança de que tinha um superior ao qual devia se submeter.
O príncipe também colocou uma espada em suas mãos,
dizendo: ‘Esta espada deve ser usada para ameaçar e matar os inimigos de Deus’.
Ele colocou um escudo em seu braço, dizendo: ‘Defende-te com este escudo contra
os projéteis do inimigo e suporte pacientemente o que é lançado contra ele. Que
possas antes, vê-lo despedaçado do que fugir da batalha!’ Na presença de meu
sacerdote que está escutando, meu amigo fez-me o firme propósito de observar
tudo isso. Quando fez a promessa, o sacerdote lhe ofereceu meu corpo para
dar-lhe força e coragem para que, uma vez unido a mim através de meu corpo, meu
amigo nunca se separe de mim. Assim foi meu amigo George, como também muitos
outros. Assim também, deve ser com os cavaleiros. Devem obter seu título como
resultado do mérito e usar seu traje de cavaleiro como resultado de suas ações
em defesa da Sagrada Fé.
[nt : esse amigo é outra face da parábola do Retorno de Cristo].
[nt : esse amigo é outra face da parábola do Retorno de Cristo].
Ouçam como meus inimigos estão agora, indo contra as
primeiras façanhas de meus amigos. Meus amigos costumavam entrar no mosteiro
através de suas sábias reverências e amor por Deus. Mas aqueles q estão hoje
em dia nos mosteiros , saem para o mundo por orgulho e ambição, seguindo sua
obstinação, satisfazendo o prazer de seus corpos. A justiça exige q as
pessoas q morrem em tais disposições não devam experimentar a alegria do céu
mas, pelo contrario, receber a punição interminável do inferno. Saibam, também,
que os monges enclausurados que são forçados contra sua vontade a tornarem-se
prelados pelo amor a Deus não devem ser contados nesse numero. Os cavaleiros
que costumavam empunhar minhas armas estavam prontos para entregar suas vidas
pela justiça e derramar seu sangue pelo bem da sagrada fé, trazendo justiça aos
necessitados, derrubando e humilhando os agentes do mal.
Mas ouçam como eles foram corrompidos! Agora, eles
preferem morrer em batalha pela glória, ambição e inveja induzidos pelo demônio
em vez de viver de acordo com meus mandamentos e obter gozo eterno. Justas
recompensas serão distribuídas durante o julgamento, para todas as pessoas que
morrem em tal disposição, e suas almas serão ligadas ao demônio para sempre.
Porém, os cavaleiros que me servem receberão sua retribuição nos Céus para
sempre. Eu, Jesus Cristo, verdadeiro Deus e Homem, um com o Pai e o Espírito Santo, um só Deus para todo o sempre, disse isto.”.
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próximo : Cap. 8
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